A Urcamp foi uma das 29 instituições e pessoas reconhecidas, na semana passada, pela Polícial Civil, em cerimônia realizada na Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRGS), em Porto Alegre. A honraria foi recebida pelo presidente da Fundação Attila Taborda (FAT) e reitor da Instituição de Ensino Superior, Antônio Evanhoé Sobrinho.
E a homenagem tem um motivo especial. Desde a metade do ano, a Urcamp designou profissionais do seu estafe para desenvolverem um projeto que, quando concluído, não apenas resgatará um dos principais patrimônios arquitetônicos da Rainha da Fronteira, mas também viabilizará que a Polícia Civil, em Bagé, passe a contar com uma central reunindo todas as suas delegacias. E com um adendo: não haverá custos pelo material arquitetônico, já que a IES, dentro de sua atuação comunitária, busca contribuir com a sociedade.
A indicação ao prêmio, para a Urcamp, ocorreu por parte do delegado regional Luis Eduardo Benites, que fundamentou sua indicação pelo forte caráter comunitário da Urcamp na Campanha e Fronteira Oeste do Estado. “Se deve à colaboração que a Instituição Comunitária tem prestado à Polícia Civil, nos seus mais diversos projetos. Sempre de forma voluntária e gratuita, tem, ao longo dos anos, colaborado com nossa Instituição, na área da segurança, e, diante desse estreito relacionamento, nós fizemos esta indicação, que é estendia a todo o corpo docente e discente da Urcamp”, justificou.
De acordo com a gestão da Urcamp, o atual projeto tem mobilizado os profissionais do curso de Arquitetura e Urbanismo. “Professores e estudantes estão elaborando a revitalização do antigo prédio da CEEE (hoje Equatorial), no centro de Bagé. A ideia é reunir na mesma edificação as cinco delegacias, que hoje funcionam em diferentes localidades da cidade ( 1ª e 2ª DP, DEAM, DPPA e Delegacia Regional). A iniciativa deve gerar economia ao Estado, já que todos os prédios atuais que servem de sede da Polícia são alugados. Além disso, a intenção é concentrar e reforçar a cobertura e segurança policial nos arredores da zona central. O projeto ainda conta com um “Memorial da Energia”, já que Bagé foi a terceira cidade do Brasil a obter energia elétrica”, menciona a Instituição, a respeito do trabalho em desenvolvimento.
Ao todo, no momento, são quatro docentes da graduação, mais o auxílio de acadêmicos, focados no projeto arquitetônico. “Além de servir de prática para nos nossos alunos, o projeto valoriza o patrimônio histórico da nossa cidade, já que o prédio foi construído na última década do século 19 e conta com uma linda arquitetura, que precisa ser conservada”, revela o arquiteto e um dos professores envolvidos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Urcamp, Francisco Lucas.
Mesmo sem um prazo definido para o andamento, a previsão é que, depois de concluído, o projeto arquitetônico das delegacias entra no processo de captação de recursos junto ao Estado e União.
Ao comentar a honraria recente, o presidente da FAT e reitor da Urcamp frisou que o papel da Instituição, como comunitária, é focar no desenvolvimento da região. “É um compromisso que está no nosso DNA. O de sermos comunitária, mas não é apenas uma marca. É o resultado de ações que vêm sendo desenvolvidas pela Urcamp há mais de 60 anos. Além do nosso ensino de excelência, tanto nos nossos colégios, quanto na graduação, nós cuidamos das pessoas. Porque pensamos no todo, no desenvolvimento da nossa região e isso se faz através de iniciativas concretas e os resultados estão aí. Esse reconhecimento da Polícia Civil nos honra muito, e reforça-nos o compromisso de continuarmos a cada ano, fortalecendo nossa identidade comunitária”, enfatiza Sobrinho.
Caráter comunitário
Além desta iniciativa, a Urcamp conta com o selo de responsabilidade social, o que a torna, efetivamente, uma Instituição Comunitária, ou seja, que não visa lucro. Sendo assim, tudo que é arrecadado por meio das mensalidades dos alunos é reaplicado em ações dentro da comunidade. O resultado disso está ramificado em diferentes áreas de atuação. Na Saúde, através do Hospital Universitário, que direciona quase 90% dos exames e atendimentos através do Sistema Único de Saúde – SUS. Na cultura, através dos Museus Dom Diogo de Souza e Museu da Gravura Brasileira, que resguardam a memória da região e incentivam o acesso à arte. No acolhimento, com toda a estrutura de um lar, à meninas de zero a 18 anos, que viviam em situação de vulnerabilidade social, com a Casa da Menina. Na justiça, por meio do Núcleo de Práticas Jurídicas, que move quase cinco mil atendimentos jurídicos gratuitos por ano onde a Urcamp atua - Bagé e os Campi de Alegrete, São Gabriel e Sant´ana do Livramento.
A Instituição de Ensino Superior mais tradicional da região ainda conta com os Projetos Integradores, onde os acadêmicos trabalham, desde o primeiro semestre, com projetos reais, a partir de demandas de empresas, entidades, associações ou pessoa física que necessita de alguma orientação profissional dentro do seu negócio. Os alunos desenvolvem soluções e as entregam para a comunidade.
