Palestra na Urcamp debate iluminação, conforto e bem-estar na arquitetura

Estudantes vivenciaram momentos práticos com os equipamentos de iluminação

Acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Urcamp participaram, na noite de terça-feira, 24, de uma palestra sobre a importância da iluminação — tanto natural quanto artificial — no desenvolvimento dos projetos arquitetônicos. A atividade foi realizada no Salão de Atos do Campus Central e teve como foco como a luz interfere no conforto, no bem-estar e na valorização dos ambientes.

O evento contou com duas abordagens complementares. Representando a empresa Hunter Douglas, a consultora comercial Simone Finn destacou como as cortinas e persianas são fundamentais para o controle da luz natural, especialmente em projetos que priorizam grandes áreas envidraçadas. “Hoje, muitas casas têm mais parede de vidro do que de alvenaria. Por isso, é preciso planejar o uso das cortinas desde o início do projeto, para garantir funcionalidade e estética, sem comprometer a vista que foi adquirida”, explicou.

Durante sua fala, Simone apresentou os principais produtos da marca — como os modelos Duette, Silhouette e as telas solares — e ressaltou a importância de pensar na dimerização da luz natural, que é o controle da entrada de luz de acordo com o momento do dia e a necessidade do ambiente. “Quando não se projeta o espaço do cortineiro, por exemplo, depois se faz o que dá, e não o ideal. A luz externa precisa ser pensada como parte do interior da casa”, frisou.

Na sequência, a gerente de marketing trade da Cristallux, Danielly Oliveira, e a promotora técnica Simone Correia, apresentaram um painel interativo entregue à universidade para auxiliar nas aulas de iluminação técnica. A proposta é que os alunos possam visualizar na prática os efeitos da iluminação artificial em diferentes temperaturas e ângulos de luz.

Além da parte técnica, a palestra também abordou conceitos de bem-estar associados à iluminação artificial, com ênfase no ciclo circadiano — processo biológico de 24 horas que regula os hormônios do sono e da disposição, a partir da variação da luz. “É a luz que faz nosso corpo entender se é hora de relaxar ou se manter ativo. A iluminação natural faz isso, mas também é possível simular esses efeitos com a iluminação artificial, algo essencial em ambientes de trabalho ou residências com pouca entrada de luz natural”, explicou Daniele.

As profissionais destacaram, ainda, que muitas vezes a iluminação é tratada como etapa secundária nos projetos arquitetônicos, o que compromete a funcionalidade dos espaços. “Nosso objetivo é mostrar que a luz não é só estética, ela influencia diretamente no conforto e na saúde das pessoas. O arquiteto precisa entender isso já na formação”, concluiu Daniele.

A atividade integrou a proposta do curso de proporcionar experiências práticas aos acadêmicos, conectando teoria, mercado e inovação.

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