Salão de Atos da Urcamp é palco de uma das atividades do XI Festival Internacional de Cinema da Fronteira

Parceria com o curso de jornalismo acontece desde a sua primeira edição, mas desde 2014 os acadêmicos são responsáveis por produzir os CineJornais do Festival

 

O palco que deu início às atividades, em Bagé, do XI Festival Internacional de Cinema da Fronteira foi o Salão de Atos da URCAMP, na manhã desta quinta-feira. A abertura oficial ficou sob apresentação do Coordenador do curso de Jornalismo, professor Glauber Pereira, que chamou à mesa o Vice-reitor, professor Fábio Paz, a Pró-reitora de Ensino, professora Virgínia Dreux, o Diretor geral do Festival e mentor do projeto, Cineasta Zeca Brito, o Produtor Frederico Ruas, e a palestrante Fatimarlei Lunardelli, que, pela terceira vez, se faz presente e contribui com o seu conhecimento acerca da sétima arte, fomentando a educação através da cultura.

Desde a sua primeira edição, a URCAMP selou uma importante parceria com Festival Internacional de Cinema da Fronteira, entrelaçando os acadêmicos do curso de Jornalismo. Os estudantes, que ao longo de sua formação já têm contato com disciplinas de telejornalismo e cinema, são contemplados com a oportunidade de praticar no mundo real, muito antes da colação de grau. Neste aspecto, o Coordenador do curso, Glauber Pereira, sempre foi um personagem fundamental, tendo em vista o seu fascínio pela Sétima Arte. Com o passar do tempo, e com as proporções que o Festival foi tomando, nasceu, em 2014, o CineJornal, produzido inteiramente pelos futuros jornalistas. Desde então, os laços da Instituição de Ensino com o evento foram ainda mais firmes, resultando em contribuições como a do dia de hoje. “A gente, como apoiador e parceiro, está desde o primeiro festival, mas a parceria foi oficializada em 2014, com a produção dos CineJornais junto aos alunos. O primeiro documentário que exibimos foi ‘Bagé, o Tempo e o Vento’, lá em 2012, ainda, com a disciplina de Projeto Experimental. E, depois, a cada semestre, a cada ano, a gente participou com mais documentários e filmes. É importante resgatar que a gente recebeu até Menção Honrosa do Festival, eu o Chrystian Ribeiro e o Jeferson Vainer, ao lado dos alunos, pelo trabalho da seleção paralímpica de futebol. É muito legal e tem sido muito interessante. Inclusive, a gente está participando dos eventos que chamamos de ‘Fronteira em Debate’, onde sempre procuramos trazer um tema novo e, esse ano, a gente elegeu a educação e como usar o audiovisual na educação”, comenta Glauber Pereira.

Para o Vice-reitor da Urcamp, professor Fábio Paz, a Instituição está, em parcerias como estas, fomentando a cultura e cumprindo o seu papel enquanto comunitária. “É um grande motivo de orgulho ter a Urcamp inserida em eventos como o Festival de Cinema, pois buscamos, incansavelmente, colaborar e fomentar a cultura em nossa região. A nossa Instituição está e permanecerá de portas abertas”. Já a Pró-reitora de ensino, professora Virgínia Dreux, falou sobre a importância do Festival ser um grande laboratório para os alunos. “Nós estamos ajudando a disseminar a cultura, mas também estamos proporcionando conhecimento prático para os nossos acadêmicos. O professor Glauber leva o curso de Jornalismo para todos os eventos e nós temos uma grande estima por este tipo de atividade”.

“Se hoje chegamos à 11ª edição do Festival Internacional de Cinema da Fronteira, é graças às parcerias e voluntários que encontramos em nosso percurso”, assim foi a fala de abertura do grande idealizador deste projeto, o Cineasta bajeense Zeca Brito, ao comentar que o evento não tem muitos recursos financeiros e que, inclusive, este ano é até menos do que em 2018. “Mas nós trabalhamos o ano todo, com uma equipe inteira que se dedica e faz tudo acontecer”. Zeca ainda ressalta a importância da educação estar inserida no Festival. “Esse espaço junto à rede municipal e estadual de ensino é fundamental. Assim como este ambiente proporcionado pela Urcamp”, pondera.

Frederico Ruas, que participou da maioria dos Festivais, esteve presente na Oficina. Para o Produtor, o cinema é, também, a autoestima do povo. “O Festival demonstra um caminho de sobrevivência e ver esta sala cheia, é o que nos orgulha, afinal, se não fosse a participação do público, o Festival Internacional de Cinema da Fronteira não chegaria, com sucesso, em sua 11ª edição”.

A palestrante Fatimarlei Lunardelli iniciou a sua fala descrevendo sua alegria em participar do Festival pela terceira vez, e agradeceu. “É uma alegria; ter este acolhimento neste espaço lindo que tem a Urcamp, mostra a verdadeira importância da cultura e nos faz refletir os motivos pelos quais ela é, de fato, importante. No meu ponto de vista, a cultura dá o sentido de nossa própria existência. A vida é um milagre; ela passa e transcorre e com a cultura a gente reflete até sobre o sentido de respirarmos”. Quanto à sua dedicação com o Festival, Fatimarlei se dirige ao agradecimento de Zeca Brito, afirmando: “a gente é responsável pelo lugar que a gente ocupa no mundo; mesmo que ele seja de apenas um metro. Por isso, estar aqui; fomentar a cultura, contribuir com este festival, não é algo voluntário. Estar aqui é ter isso como responsabilidade e empregar todo o meu comprometimento”.

Vale ressaltar, que o Festival conta com a participação ativa do jornalista premiado em Direção e Montagens de filmes, Jeferson Vainer. Ele, que faz parte do quadro funcional do curso de Jornalismo da Urcamp, realiza a monitoria de todos os trabalhos que envolvem audiovisuais. Sua contribuição é tão importante para os acadêmicos, que todos os anos ele recebe o título de Funcionário Homenageado nas formaturas do Jornalismo. Jeff, como é conhecido, é um dos profissionais da sétima arte mais consagrados da Rainha da Fronteira.

Com câmeras, microfones, claquete e blocos em punho, os estudantes acompanharam, na íntegra, a oficina “Cinema na sala de aula: como usar filmes”, realizando as entrevistas para produzir mais um episódio do CineJornal, que logo estará disponível das redes sociais da Urcamp.