Professores da Urcamp trocam experiências no II Seminário de Práticas Pedagógicas
Em dois dias, professores de todos os campi se integraram em relatos e trocas de experiências sobre as novas formas de aprendizagem implementadas durante o primeiro semestre dentro da Graduação i, porém, de maneira virtualizada.
Todos integrados numa rede de informações, conectados pela tela internet nas janelas da tela do computador ou até mesmo do celular. Foi dessa forma diferente, cada um da sua casa, que aconteceu a segunda edição da Mostra de Práticas Pedagógicas da Urcamp. Com o novo método de aprendizagem, professores reinventam-se e alunos também têm novas adaptações. A democratização do ensino é um dos principais pontos refletidos.
Um dos convidados do seminário foi o consultor na área da educação e professor na Universidade Feevale e também no Centro Universitário Metodista (IPA), Gabriel Grabowski que destacou o momento da educação aplicada no país, com foco principalmente na união do corpo docente. “Para enfrentar os impactos da crise, a colaboração vem sendo a grande aprendizagem para todos nós, assim como para os alunos e instituições. A sobrevivência comunitária depende da nossa colaboração”, destaca. O consultor também elogiou o formato com que a Urcamp vem trabalhando desde a implantação da Graduação i no ano passado, até a transformação imposta pela pandemia, com a virtualização das aulas. “A partilha de práticas, conhecimentos, sofrimentos, experiências e metodologias é a grande saída, isso que vocês vêm fazendo aqui na Urcamp já há algum tempo. Vocês saíram na frente e agora estão colhendo os frutos”, lembrou.
A iniciativa é do Núcleo de Aperfeiçoamento Pedagógico, NAP e coordenado pela Pró-reitoria de Ensino. “Foi um semestre atípico, 95% do semestre a gente trabalhou de forma virtualizada com os alunos e assim, precisamos nos reinventar de muitas formas no planejamento das aulas, algumas metodologias que tínhamos programadas no presencial tiveram que ser modificadas e o que mais nos impressionou foi o alto nível dos trabalhos apresentados, mas principalmente, o brilho no olhar dos professores apresentando. Foram cerca de 30 trabalhos envolvendo todos os campi, com projetos de vários currículos em diferentes semestres. Foi encantador de ver, muitos se emocionaram e a gente tem a certeza de que estamos no caminho certo”, justifica.
E os relatos foram muitos. A professora Larissa Savadintzki, de Sant´ana do Livramento, por exemplo, realizou um trabalho com peças informativas sobre normas e determinações do Direito relacionadas à pandemia. O materiais publicitários produzido pelos alunos com finalização de designe da Assessoria de Comunicação e Marketing da Urcamp (Ascom), foi publicado ao longo do semestre nas redes sociais e mídias digitais da Instituição. “Fiquei muito satisfeita com o resultado, inclusive recebemos o retorno de outros colegas do Direito, elogiando nosso trabalho, isso é gratificante”, pontua a professora.
A professora Ana Zilda Colpo, que coordena o curso de Fisioterapia da Urcamp utilizou uma técnica desenvolvida por ela para estimular os acadêmicos a acessar projetos científicos. A proposta foi desafiar os estudantes a ler toda semana um artigo e postar o título no grupo de whatsapp criado especialmente para a atividade. No final do semestre todos que leram de cinco artigos receberam certificado de excelência. “Foi uma oportunidade de estimular a leitura crítica para um futuro de compromisso com a ciência”, revela a professora.
O II Seminário de Práticas Pedagógicas é também uma forma de avaliar o ensino aplicado pela Instituição e os resultados colhidos pelos cursos, avalia o professor Glauber Pereira que coordena o curso de Jornalismo e integra o Núcleo de Aperfeiçoamento Pedagógico da Urcamp. “Desde que constatou-se a necessidade de aprimoramento no modelo pedagógico da Urcamp houve o consenso de que sua base seria o professor. O NAP é resultado desta visão. Sabíamos que os professores seriam a base da instituição para os desafios do futuro, que na época eram educação semipresencial e metodologias ativas. Nem se pensava em pandemia. Os seminários promovem o contato entre boas ideias. É um resumo de experiências dos professores com tecnologias, novas práticas de aula e, agora, também superando os limites da pandemia. Tudo isso foi alcançado porque os professores se percebem como parceiros”.