O projeto Piano Forte funciona, que há um ano levando aulas de “piano grupo” para crianças de famílias de baixa renda, é o pioneiro no país. Um convênio assinado na última segunda-feira, 20, vai expandir o modelo de ensino do projeto para Jaciara, no Mato Grosso e a intenção é levá-lo para outros lugares do Brasil.
A Reitora Lia Quintana e a professora aposentada Neiva Petri Martinez foram duas das homenageadas por serem as primeiras apoiadoras do projeto Piano Forte. Elas foram testemunhas no convênio que estende o projeto, que tem como embrião a cidade de Bagé, agora para a cidade de Jaciara, no Mato Grosso, onde lá será ministrado pela professora de piano Daiane Baron, dentro do Centro Musical O Cravo Bem Temperado, na cidade mato-grossense.
A mentora da ideia foi a professora de piano Cheisa Goulart, que desenvolve o projeto Piano Forte, há um ano, para mais de 40 crianças da periferia de Bagé, através do método de “piano grupo”. O programa é desenvolvido em quatro módulos, com conclusão de dois anos e ensina crianças a tocar piano. Os custos são mantidos pela comunidade, através de apadrinhamentos. A apoiadora Maria Luisa Avello é uma das responsáveis pela difusão e captação de padrinhos para o projeto. “A Urcamp deu cidadania aos alunos, porque nos cedeu o melhor teatro de Bagé para nossos ensaios e apresentações. Crianças de famílias que não teriam acesso ao piano e que estão tendo essa oportunidade de inclusão, através de um instrumento. No momento que a gente formou a primeira turma a Urcamp abraçou a ideia”, avalia.
Cada padrinho contribui com R$ 80,00 (oitenta reais), por aluno, o que dá direito ao material didático, uniformes de inverno e verão e um piano mudo.
Em sua fala, Lia Quintana destacou o papel da Urcamp. “Nós somos uma Instituição comunitária, o que a gente arrecada temos que reaplicar aqui dentro, em melhorias e outra parte tem que retornar para a comunidade, então esse é o nosso papel, o de apoiar e investir em projetos que destacam a cultura, porque isso também é educação”, pontua a gestora.
Além de Bagé e agora Jaciara (MG), no ano que vem o projeto será desenvolvido em Aceguá e já conta com interesse em ser também aplicado em Salvador (BA), Vitória (ES) e São Paulo (SP).