20º semana do Congrega Urcamp tem palestra sobre Cinema, Ciência e Tecnologia com prestigiado cineasta

Zeca Brito fala sobre o poder do audiovisual na construção de conhecimento da sociedade
Por: Róger S. Nobre

Um dos diversos eventos que marcou o segundo dia da 20º Semana de Ciências e Tecnologia e do Congrega no Centro Universitário da Região da Campanha (Urcamp) foi a palestra do cineasta bajeense Zeca Brito que debateu sobre a importância do audiovisual - sobretudo meios de comunicação jornalísticos e cinema - na construção de percepção da população. Na ocasião, também foram apresentados dois curtas-metragens do diretor: “Tudo dentro da normalidade” (2018) e “Aos Pés” (2010).

“Acredito que seja um momento de retomada do audiovisual, como um vetor estratégico para o desenvolvimento do país. Há uma consciência da parte do poder público como da própria indústria audiovisual, a necessidade de uma produção que seja representativa de todas regiões brasileiras, de todas realidades sociais e culturais”, destacou o cineasta.

Zeca ainda abordou sobre a importância do Festival Internacional de Cinema da Fronteira, que acontece em Bagé, e conta, em todas as edições, com a participação da Urcamp através dos cinejornais produzidos pelos alunos do curso de jornalismo. “O Festival da Fronteira chegar a 15 edições significa bastante para o cenário internacional. É um evento que acontece ano após ano, que dá segurança para os realizadores. Independente da situação em que o país, a América Latina ou até mesmo o mundo esteja vivendo, o festival segue acontecendo, recebendo filmes de todas as nações. A longevidade faz com que ele tenha credibilidade. Chegamos a 15 anos fortalecidos”, comentou.

Ele ainda abordou mais aspectos sobre a produção cinematográfica na região. “O cinema da fronteira, feito aqui em Bagé, na região do Pampa Gaúcho, é único. Ele parte da subjetividade que nasce nesse território, então com as paisagens, com as histórias que aqui acontecem, ele é local, mas ao mesmo tempo é global, pois para o mundo interessa a nossa realidade. É muito importante acreditar na produção regional e dar espaço para ela. O Festival só nasceu porque Bagé tem uma produção muito pulsante que encontra como janela o festival para ser exibida”, concluiu Brito.