Professores do Direito da Urcamp concluem mestrado
Dois professores do curso de Direito da Urcamp concluíram, recentemente, o Mestrado em Direito pela Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP). Diogo Gomes Taborda, 43 anos, e Cláudio Rafael Morosin Rodrigues, 44 anos, ambos promotores de Justiça no Rio Grande do Sul, ressaltam que as pesquisas desenvolvidas contribuem diretamente para o aprimoramento das atividades acadêmicas e para o enfrentamento de problemas estruturais da sociedade.
Taborda finalizou o mestrado no período de 2024 a 2025, apresentando a dissertação “A punição do crime de homicídio no Brasil à luz do Princípio da Proporcionalidade”. A pesquisa partiu da constatação da insuficiência punitiva nos crimes contra a vida e concluiu que as penas previstas para homicídio simples e qualificado são desproporcionais, resultando em proteção insuficiente à vida humana. Taborda sugere que o Congresso Nacional revise a legislação para ampliar as penas e, assim, contribuir para a redução dos índices de homicídios no país.
Promotor de Justiça aprovado em primeiro lugar no concurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul em 2016, Taborda atua na 2ª Promotoria Criminal de Bagé, com atribuições no combate à violência doméstica e crimes gerais. Ele é formado em Direito pela Universidade Franciscana, tem especialização em Direito Civil e Processo Civil pela Universidade de Passo Fundo e em Ciências Criminais pela Fundação Escola Superior do Ministério Público.
Docente da Urcamp desde 2023, ministra as disciplinas de Direito Penal I e II. Taborda destaca o papel da universidade em sua trajetória: foi aluno do ensino médio técnico em Processamento de Dados e cursou parte da graduação em Direito na instituição. “Ser professor do curso de Direito é uma forma de retribuir à Urcamp todo o ganho profissional e acadêmico que sempre recebi ao longo da minha trajetória”, afirma. Ele também sublinha um vínculo afetivo: é neto do fundador da instituição, Attila Taborda, o que, segundo ele, reforça a responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento da Urcamp.
Morosin também concluiu o Mestrado em Direito na FMP entre março de 2024 e dezembro de 2025. Sua dissertação, “Avanços e Retrocessos da Nova Lei de Improbidade Administrativa: o papel do Ministério Público”, analisou as alterações promovidas em 2021 na legislação e identificou um enfraquecimento dos instrumentos de responsabilização de agentes ímprobos. O estudo aborda, ainda, o fenômeno da corrupção e seus impactos no desenvolvimento social e na efetivação de direitos fundamentais, propondo mecanismos de atuação do Ministério Público, entre eles a criação de Promotorias Regionais Anticorrupção.
O docente ingressou no Ministério Público em 2011, completando 15 anos de carreira em janeiro de 2026, dez deles exercidos na Promotoria de Justiça de Bagé. Especialista em Direito Penal e Processo Penal, leciona Direito Processual Penal na Urcamp há dois anos e meio. Ele enaltece o papel da instituição na formação regional. “A Urcamp há anos prepara profissionais que lidam diariamente com pessoas e suas demandas. A qualificação constante é fundamental para quem se propõe a dividir e multiplicar conhecimento”, argumenta.
Quanto ao significado pessoal do mestrado, o professor destaca que a conquista representa a busca permanente por aperfeiçoamento e a rejeição da zona de conforto. Ele observa que sua atuação no combate à improbidade administrativa motivou a escolha do tema e que os resultados da pesquisa fornecerão subsídios para sua atividade como promotor. “É uma via de mão dupla. A pesquisa contribui para meu trabalho no Ministério Público e, ao mesmo tempo, meu trabalho cotidiano instiga e orienta a pesquisa”, afirma.