Ciclo da Terra traz Ecoarte para debater meio ambiente

O primeiro Ciclo da Terra Urcamp, que prevê uma programação até dia 25 de junho, trouxe para a noite de ontem, 10/06, um time de peso para discutir, informar e promover ações que viabilizem um ambiente mais saudável. O tema do encontro com as fundadoras do grupo Ecoarte, que desde a década de 80 alerta para questões que arriscam os ecossistemas globais, foi a mudança de mentalidade. 

Tal como a atuação do Ecoarte, as suas fundadoras Elvira Nascimento, Marli Meira e Eliane Simões Pires defenderam a conexão com a natureza e o ecossistema, mas sobretudo a necessária ligação de tais temas com a cultura. Profissionais ligadas à arte-educação registram atuação junto ao patrimônio histórico e ligações com a literatura como suportes importantes na luta pela preservação ambiental. Elas relataram a história da entidade, que há 38 anos atua em Bagé. “Nós viemos falar sobre quem é o Ecoarte, qual é o seu percurso, o que já conquistamos. Nós focamos na área artística porque entendemos que a arte é a salvação, também no meio ambiente”, explica a presidente do Ecoarte, Eliane Simões. 

Com forte atuação na comunidade, um dos trabalhos de destaque é o roteiro do Arroio de Bagé na luta pela preservação, que é desenvolvido aos sábados, com a contação da história das localidades, das lendas de autores daqui, numa aproximação direta com as comunidades que vivem nos arredores do manancial que corta a cidade. “A gente construiu, fiscalizou, vigiou o nosso ecossistema para que houvesse um equilíbrio. Através disso, conseguimos um orçamento municipal para cuidar do Arroio Bagé, onde, hoje, o maior problema é o lixo”, revela Elvira Nascimento. E alerta: “nós precisamos cuidar das nascentes, das construções, para que elas não avancem até o arroio e,  principalmente, cuidar da mata ciliar que é a sustentação deste sistema”. O Jornal anual do grupo, distribuído gratuitamente, é um apanhado de arte, escrita, artigos, pontos de vista sobre os cuidados ao meio ambiente.

O Ciclo da Terra busca levar informações que liguem o cotidiano da sociedade aos impactos do desequilíbrio climático, oriundo em grande parte do descuido com o meio ambiente. As discussões vão se estender durante o mês de junho, com outros três encontros. “O Grupo Ecoarte tem uma jornada de história e ações em Bagé e região, então o nosso objetivo é trazer um pouco da vivência dessas pessoas que estão há tempos falando sobre as questões ambientais. Hoje, queremos levar informação para traçarmos ações mais efetivas na construção de um tempo melhor para todos nós”, justifica a professora Rosete Kohn, ligada à Pró-reitoria de Inovação, Pós-graduação, Pesquisa e Extensão.

A próxima atividade do Ciclo da Terra da Urcamp será no dia 18 de junho, às 19 horas, no Salão de Atos da Urcamp e é totalmente aberto à comunidade.