Ciências Biológicas da Urcamp leva educação ambiental a escolas durante a Semana do Meio Ambiente
Prestes a completar 50 anos de história em Bagé e na região, o curso de Ciências Biológicas da Urcamp celebrou de forma prática e engajada a Semana do Meio Ambiente — realizada no início de junho — com uma série de ações em instituições de ensino. Por meio de palestras, oficinas e atividades práticas, acadêmicos, egressos e bolsistas levaram conhecimento e promoveram a conscientização ambiental em diversas escolas, demonstrando o papel fundamental da universidade na formação de cidadãos mais atentos às questões de sustentabilidade.
A Semana do Meio Ambiente acontece todos os anos em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho. É um momento em que instituições, poder público e sociedade civil buscam reforçar a importância da preservação dos recursos naturais e estimular práticas sustentáveis no cotidiano. No caso da Urcamp, o envolvimento não se restringiu ao campus universitário. Ao contrário — a presença do curso de Ciências Biológicas foi marcante nas escolas, com ações promovidas diretamente junto a crianças e adolescentes.
“Estivemos presentes em várias instituições da comunidade, levando conhecimento e provocando reflexões sobre temas ambientais que precisam ser debatidos não apenas durante a Semana do Meio Ambiente, mas constantemente. A participação do curso de Ciências Biológicas em ações como essa reforça nosso compromisso diário com a construção de uma sociedade mais consciente”, destacou a coordenadora do curso, professora Tamyris Ramos.
Conhecimento aplicado na prática
Entre as ações realizadas, destacam-se as Semanas do Meio Ambiente, organizadas e conduzidas, na comunidade escolar, por egressas da Urcamp: a professora doutora Helen Miranda, a professora Valéria Garcia e a professora Lourdes Constantino. Por meio dessas iniciativas, ex-alunas do curso, hoje profissionais atuantes em escolas da rede pública, articularam espaços para que o conhecimento acadêmico chegasse de forma acessível às salas de aula.
No Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul), por exemplo, a professora Mariana Brasil Vidal — que tem 19 anos de atuação no curso de Ciências Biológicas da Urcamp — ministrou uma palestra sobre poluição plástica, tema de extrema relevância diante da crise global causada pelo excesso de plásticos no meio ambiente. A palestra foi complementada por uma oficina prática de cultivo de microverdes, realizada pelas bolsistas do Projeto DNA - Desenvolvendo Novas Aprendizagens.
Microverdes são brotos comestíveis de diversas espécies vegetais, cultivados de maneira rápida e que concentram alto valor nutricional. A oficina mostrou como esses alimentos podem ser produzidos de forma sustentável em pequenos espaços, uma alternativa prática para estimular hábitos alimentares saudáveis e a agricultura urbana.
Além disso, os bolsistas do Projeto DNA participaram de uma palestra sobre poluição plástica na Escola Municipal Nossa Senhora das Graças, compartilhando com os estudantes os impactos do descarte inadequado de plásticos nos ecossistemas.
Um “mundo invisível” revelado
Na Escola Estadual Farroupilha, uma atividade prática de laboratório permitiu aos estudantes conhecerem estruturas microscópicas invisíveis a olho nu. “Levamos microscópios e mostramos um mundo que muitas vezes os alunos só conhecem por imagens. Foi um momento de encantamento e aprendizado, em que puderam visualizar células e organismos microscópicos presentes no ambiente”, relatou Tamyris.
Já na Escola Frei Plácido, a coordenadora do curso ministrou uma palestra sobre a "pegada hídrica", conceito que calcula o volume total de água utilizado na produção de bens e serviços consumidos por uma pessoa, empresa ou país. A palestra buscou sensibilizar os alunos para o impacto que nossas escolhas diárias têm sobre os recursos hídricos do planeta. Ainda no Frei Plácido, a oficina de microverdes também foi oferecida, mostrando novamente como a educação ambiental pode ser prática e conectada com o cotidiano dos estudantes.
O papel do Projeto DNA
O Projeto DNA – Desenvolvendo Novas Aprendizagens – tem sido um braço importante do curso de Ciências Biológicas no trabalho de extensão. O projeto consiste em levar atividades educativas a escolas da região, conforme as demandas apresentadas pelas instituições. Os bolsistas — acadêmicos em formação — planejam e executam ações que vão de oficinas práticas a palestras interativas.
Durante a Semana do Meio Ambiente, a agenda do projeto esteve cheia. Além das ações já citadas, as equipes também participaram de atividades em outras escolas municipais e estaduais, em parcerias com professores egressos da Urcamp que, hoje, atuam nessas instituições. “O projeto segue aberto para novas demandas. É uma forma de o curso manter um diálogo constante com a comunidade, cumprindo nosso papel social e educativo”, explica Tamyris.
Compromisso com a sustentabilidade
Para a coordenadora do curso, participar de ações como as da Semana do Meio Ambiente é ainda mais simbólico neste ano, em que o curso de Ciências Biológicas celebra cinco décadas de existência. “É muito gratificante ver o curso tão presente e atuante em questões ambientais e de sustentabilidade. Estar nas escolas, dialogando com crianças e jovens, mostra a força que temos como instituição e a importância de termos um curso presencial de Ciências Biológicas em Bagé, que forma profissionais comprometidos com a transformação social e ambiental”, completa.
A Urcamp mantém atualmente o curso com matrículas abertas e segue estimulando iniciativas de extensão como o Projeto DNA. “É fundamental que a discussão sobre sustentabilidade e meio ambiente esteja presente na vida das pessoas todos os dias — e o nosso curso trabalha para que isso aconteça de forma contínua e efetiva”, conclui.