Em Cidade | Por Melissa Louçan
Com o início da pandemia, em todo o país, museus, galerias, cinemas e outros locais de apreciação coletiva da arte e história cerraram as portas. Com a flexibilização dos protocolos de segurança, algumas entidades do segmento cultural já estão retomando as atividades, de forma gradual. Uma delas é o Museu Dom Diogo de Souza, mantido pela Fundação Attila Taborda, que fechou as portas para atividades em março de 2020.
Na tarde de terça-feira, pela primeira vez em mais de um ano, o museu recebeu visitantes de forma presencial. Uma parceria entre a Fundação Attila Taborda, Museu Dom Diogo, Associação Pampa Gaúcho de Turismo – Apatur e Associação Amigos do Museu, realizou a primeira experiência de receber visitantes no local, seguindo todos os protocolos de segurança.
Integrantes da comissão gestora dos museus, Carmen Barros e Maria Luiza Pêgas explicam que, neste momento, estão trabalhando na finalização do plano de contingência da entidade.
A ideia é que, após a aprovação do plano, o museu permaneça aberto, para visitação guiada, de forma presencial, mediante horário pré-agendado e respeitando os limites de público informados pelo governo do estado – 25% da capacidade de público.
Inclusive, já há lista de espera de interessados em visitar o local, mesmo antes da retomada oficial das atividades presenciais. Até então, o museu estava trabalhando em expediente interno e com grande parte das atividades em formato online - como as pesquisas e as próprias exposições do acervo, através das redes sociais.
A chegada de um casal residente em Toledo, no Paraná, foi a experiência do museu com a reabertura gradativa. Sérgio Antônio Menegatti e Márcia Stoffel foram as primeiras pessoas que ingressaram no interior do museu, desde março de 2020, que não faziam parte da equipe da entidade ou da FAT. Ele, gaúcho de Erechim, mas residente na cidade paranaense, explica que escolheu a região para realizar a primeira viagem pós-pandemia para conhecer mais sobre a história, os hábitos, costumes e, principalmente, as atividades de produção rural. Ele próprio, integrado ao ramo do agronegócio, conta que veio para conhecer a olivicultura, vitivinicultura e produção de gado da região da campanha, mas saiu com muito mais do que o conhecimento. “O povo daqui é diferenciado, muito hospitaleiro, muito educados. Em cada propriedade que visitamos, saímos com um aprendizado”, conta.
Questionado sobre o que atraiu o casal para a região, que até então não era conhecida por ambos, Menegatti explica que deu preferência ao turismo no interior do estado, que se mostrou uma opção mais segura durante a pandemia, mas não deixando de lado o que os turistas mais procuram: conhecer e experimentar novas culturas. “Esse aumento de interesse pelo turismo no interior é uma estratégia muito boa do setor, que cresceu com as dificuldades e criou alternativas de turismo melhoradas e mais personalizadas”, descreve.