Acadêmica de Biomedicina da Urcamp conquista 2º lugar no Congresso Gaúcho de Análises Clínicas

PESQUISA BUSCA MONITORAR SUPERBACTÉRIAS RESISTENTES A TRATAMENTO

Numa disputa entre 80 trabalhos apresentados, a acadêmica de Biomedicina da Urcamp, Bárbara Seccon, conquistou o 2º lugar na classificação geral do 19º Congresso Gaúcho de Análises Clínicas (Congrelab). A pesquisa premiada foi orientada pelo professor doutor Rafael dos Reis e tem o objetivo de consolidar a prática do monitoramento de bactérias resistentes a antibióticos e a luta da ciência contra infecções em ambientes hospitalares.

O evento, realizado de 19 a 23 de novembro no Centro de Eventos da PUC-RS, em Porto Alegre, também contou com a participação das acadêmicas Nicole Hahn e Gabriela Leal, do oitavo módulo do curso de Biomedicina da Urcamp. Os trabalhos foram desenvolvidos  no Laboratório de Biologia Molecular do Hospital Universitário (HU) da Urcamp.

A PESQUISA

Com o título "Coexpressão de blaKPC e blaNDM em isolados de enterobacteriales: primeira descrição na região de Campanha", o estudo analisou amostras de enterobactérias resistentes coletadas em um banco de bactérias de um laboratório de Bagé. Bárbara identificou quatro isolados que apresentaram a coexpressão dos genes blaKPC e blaNDM, entre 32 amostras positivas para resistência múltipla a antibióticos. 

Esse fenômeno, até então inédito na região, aponta para a urgência de uma vigilância genômica mais robusta. “Essa resistência é preocupante porque reduz drasticamente as opções terapêuticas disponíveis, especialmente em ambientes hospitalares críticos”, destaca a autora. 

IMPACTO DO RESULTADO

A pesquisadora diz que o reconhecimento vai além da conquista pessoal, colocando-se como um marco importante para a região da Campanha. “É uma honra poder destacar o potencial científico da nossa região em um evento de tamanha relevância. Este foi o primeiro estudo a descrever esse fenômeno localmente, o que reforça a importância de investirmos em pesquisas regionais para contribuir com soluções que impactam a saúde pública”, argumenta Bárbara. Já para o professor Rafael dos Reis, o resultado traz dados importantes e inéditos da região em relação à resistência bacteriana. “Essas informações podem auxiliar órgãos regionais e estaduais no monitoramento destas superbactérias. Além disso, demonstra que a Urcamp tem tecnologia capaz de detectar estas bactérias, consideradas um problema de saúde pública no mundo todo. E conquistar o segundo lugar num evento científico de análises clínicas, com mais de 80 trabalhos, é muito gratificante e fortalece o nome da Urcamp ainda mais no cenário estadual”, finaliza.