Casa de Cultura inaugura Memorial para Grupo de Bagé

O reitor da Urcamp, professor doutor Guilherme Cassão Marques Bragança, e uma das curadoras do Museu Dom Diogo, mantido pela Fat/Urcamp, Maria Luiz Pegas, foram homenageados na noite de ontem, 01.07, pela Casa de Cultura Pedro Waine. O evento marcou a inauguração do Memorial do Grupo de Bagé, formado por artistas locais que se eternizaram na história expandindo seus conceitos e arte além das fronteiras culturais e artísticas da década de 1940. 

Pela importância do legado dos quatro de Bagé, como são popularmente conhecidos, a Casa de Cultura, pela gestão de Lúcia Gomes, adaptou o cofre forte existente no prédio, ainda do tempo em que a estrutura sediava uma agência bancária. Naquele espaço, instalaram-se as obras dos artistas, recolhidas de diversas fontes na cidade. Duas delas, foram oferecidas de volta ao poder público após anos de guarda pelo Museu Dom Diogo de Souza. “É importante que o Grupo de Bagé tenha este memorial perto do centro da cidade, no espaço que intitula o setor de cultura”, parabeniza o reitor. 

A FAT/Urcamp mantém há 47 anos o Museu da Gravura Brasileira, cujo acervo constitui-se nas obras do Grupo de Bagé. Há três anos, o Museu Dom Diogo de Souza mantém uma exposição permanente dos “Novos de Bagé”, onde inúmeras de suas obras demonstram sua abordagem engajada, modernista e realista sobre o contexto do trabalho e do Brasil a partir das décadas de 1940/50. 

Os novos de Bagé

O Grupo de artistas era formado inicialmente por Glauco Rodrigues, Glênio Bianchetti, Jacy Maraschin e Ernesto Wayne que, por meio do intelectual Pedro Wayne, entraram em contato com Carlos Scliar, Danúbio Gonçalves e José Morais. Ficaram mais conhecidos como membros do grupo, entretanto, apenas Scliar, Bianchetti, Gonçalves e Rodrigues. O nome nasceu após uma exposição realizada em Porto Alegre, em 1948, na galeria do Correio do Povo, quando eles foram chamados de "os Novos de Bagé" pela imprensa local.