O primeiro tema abordado ficou por conta da médica veterinária Mayara Costa Oyhenard, que falou sobre - Bastidores de uma palheta - A rotina de uma central de congelamento de sêmen bovino, onde destacou o mercado crescente no país para a área de inseminação artificial, com foco em melhoramento genético. Ela citou que o rebanho bovino brasileiro, hoje, chega há 215 milhões de cabeças, um setor que ainda pode absorver muita mão de obra nesta linha da biotecnologia de reprodução bovina, por isso a necessidade de profissionais qualificados para atender aos produtores. Hoje, existem, segundo a palestrante, cerca de quatro mil médicos veterinários atuando neste ramo em todo o país.
No segundo momento foi a vez do médico veterinário Marcelo Porciuncula falar sobre Urgência na rotina a campo de equinos. Ele destacou os procedimentos mais frequentes, a conduta e formas de atuação do veterinário no atendimento clínico e ensinou quais situações indicam a necessidade de intervenção cirúrgica em cavalos e éguas.
O tema “Neonatologia em pequenos animais” entrou como próximo assunto, detalhado pela médica veterinária Giovana Russi. Ela explicou que o período neonatal aponta grandes mudanças e adaptações e ocorre do nascimento até o 14º dia. Mas chamou a atenção em relação ao alto nível de mortalidade neonatal, que chega há 30%, onde a maior causa são as infecções. Daí a necessidade de um monitoramento mais apurado dos filhotes, durante este período.
Pela experiência adquirida em sua rotina clínica, destacou ainda algumas causas de mortalidade que normalmente são subestimadas: fome, hipotermia, entre outros problemas de manejo. Desta forma, identificou três pilares de manejo que dividiu com os acadêmicos e professores – Alimentação – Ambiente – Acompanhamento.
O encerramento do segundo dia de seminário ficou por conta da médica veterinária Joana Beling, que focou sua fala em “Neonatologia Equina”. A profissional, que reside em Niterói no Rio de Janeiro, mostrou em detalhes como ocorre todo o processo gestacional de potros e potras, assim como o manejo e a medicação utilizada neste período. “Já vi muita gente querer induzir o parto da égua, não façam isso, só em casos extremos, porque pode ocasionar a morte do potro”, alertou a veterinária. Joana especificou os sinais do parto e os cuidados com o sistema respiratório/circulatório, sistema locomotor, sistema neurológico, sistema digestório/colostro, regulação térmica e função renal. Finalizou destacando a grande necessidade que existe de profissionais qualificados para atuarem na área de neonatologia equina no país.
O 23º Seminário Acadêmico de Medicina Veterinária Campus Alegrete segue nesta quarta-feira com outros quatro temas que serão conduzidos por experientes profissionais: Como minimizar os erros que comprometem o diagnóstico laboratorial, com a médica veterinária Mirela Noro – Saúde Pública em Medicina Veterinária, pela médica veterinária Débora Crus Pellergine – Rotina Clínica de Animais Silvestres, com a médica veterinária Raqueli Teresinha França – Laparoscopia em Ovinos, pelo médico veterinário Guilherme Bastos.