Educação Física da Urcamp recebe assistidos da APAE

Uma tarde diferente, recheada de esporte, atividade física e diversão. Tudo num ambiente completamente diferente ao que estão habituados no dia a dia. Foi esta a experiência que 70 assistidos da APAE de Bagé tiveram na tarde da última quinta-feira, 24 nas dependências do Ginásio Corujão da Urcamp.

A recepção ficou por conta de professores e acadêmicos do curso de Educação Física, que projetaram uma programação voltada para as limitações de cada assistido.

Flávia Voyciechoski tem 20 anos e destacou a novidade em poder desenvolver uma atividade monitorada por acadêmicos. “Eu achei legal, pude fazer novos amigos, jogar vôlei e futebol, quero voltar”, revela.

Os assistidos puderam participar de atividades adaptadas como: voleibol, basquetebol, futebol e tiveram acesso a equipamentos e noções de outras modalidades esportivas, como o rugby, por exemplo.

Cairê da Silva, 22 anos, também aprovou a iniciativa e se identificou com o Vôleibol. “Foi legal, nunca tinha vindo, adorei conhecer e jogar”, relata.

E o benefício foi além do exercício físico, trabalhou a igualdade, a cidadania e a autoestima de quem é visto pela sociedade como “diferente”. A Assistente Social Carla Vaz, quer repetir a experiência. “Para eles é fundamental essa inclusão, essa participação, essa visão de outros ambientes, o que infelizmente, a vida cotidiana deles não permite. Então, estes momentos, essas parcerias, como esta da Urcamp, permite este contato, eles estão radiantes e felizes pela atenção que receberam aqui. Inclusão tem tudo a ver com esporte e a Urcamp tem tanta coisa a nos oferecer, estamos gratos”, pontua.

Para o curso de Educação Física a iniciativa beneficia também o acadêmico que tem acesso a outras vivências. São situações que enfrentarão na profissão futura, é o que revela a professora Camila Machado, que coordenou o projeto junto à Urcamp. “Proporciona ao nosso aluno uma aproximação com a realidade que ele vai encontrar nas escolas, que é uma necessidade de incluir, de atender o aluno que é diferente, principalmente nas aulas de educação física, que é uma disciplina que sempre foi excludente, porque quem era bom na educação física era somente aquele que conseguia desenvolver com habilidade todos os movimentos e hoje nós temos que fazer com que esta disciplina seja acessível a todos”.