Museu Dom Diogo de Souza expõe fantasia usada por Evandro de Castro Lima

Em Cidade | Por Melissa Louçan

Em ritmo de folia, o Museu Dom Diogo de Souza, mantido pela Fundação Attila Taborda, dá início à exposição “Uma fantasia e vários carnavais: entre marchinhas e sambas-enredo”. No local, os visitantes poderão conferir, além de uma importante alegoria carnavalesca, também as marchinhas cantadas pelos foliões ao longo das décadas.

O maior atrativo da exposição será a fantasia”Epopéia Farroupilha”, usada em 1976, na categoria luxo masculino, pelo carnavalesco Evandro de Castro Lima, importante expoente do carnaval brasileiro, conhecido como o Rei das Fantasias de Luxo. Trata-se de uma alegoria ao gaúcho e ao Rio Grande do Sul, ricamente bordada, com exuberante resplendor formando o brasão de armas do Estado.

Além da fantasia, a exposição também traz imagens, capas de revistas, vinil, audição de marchas e sambas-enredo, encerrando com a mostra virtual de fotografias de carnavais antigos. Também, a Comissão Gestora de Museus aproveita a oportunidade para solicitar à comunidade a doação de fantasias e fotos antigas de carnavais a fim de enriquecer o acervo do museu.

A exposição se estende até 16 de março e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 11h30min e das 14h às 17h.

Perfil

Evandro de Castro Lima foi um figurinista, bailarino e carnavalesco brasileiro. Oriundo de família tradicional da Bahia, ficou conhecido ao disputar inúmeros concursos de fantasia. Venceu a disputa no Theatro Municipal do Rio de Janeiro por 21 vezes. Era concorrente de Clóvis Bornay.

Antes de dedicar-se ao carnaval, Evandro fez parte do corpo de baile do Teatro Colón de Buenos Aires, com a ajuda de Eva Perón. Formado em Direito, iniciou nos concursos de fantasia em 1956, em Salvador, tendo completado 25 anos de carreira nas passarelas.

É patrono da cadeira número 16 da Academia Brasileira da Moda, ocupada por Rosa Magalhães.