Uma trajetória de 37 anos, minuciosamente resgatada em jornais. A periodicidade é anual, porém a riqueza que está entre essas páginas é incontestável. Artigos, poesias, arte, história, patrimônio, escritos de gente do Brasil todo e com discussões contemporâneas importantes, principalmente, sobre as questões climáticas. As águas, vertedouros, a terra fértil, a educação ao meio ambiente no trato adequado com o lixo, por exemplo. Todas estas contribuições são documentadas, publicadas e que circularam o mundo. Quem ainda não teve acesso, agora pode apreciar cada edição do Jornal Ecoarte no Museu Dom Diogo de Souza, através da Exposição “Cenarte: memória e arte”, que integra a programação do I Ciclo da Terra, promovido pela Urcamp .
Uma das Diretoras do Museu Dom Diogo de Souza, professora Carmen Barros, conta que os jornais do Ecoarte nasceram na URCAMP, dentro do Cenarte, num grupo que refletia sobre todos esses temas ligados ao cotidiano e ainda reforça o sentido vanguardista. “Nesta coleção, as pessoas vão ver uma celebração à vida! Todas são reflexões super atuais, porque já se tratava, desde as primeiras edições, da preocupação com as águas, com o lixo, os processos de reciclagem. Tem uma edição toda dedicada ao Arroio Bagé, questões do clima, da pampa, do Bioma Pampa, da preservação. Se presencia nos jornais uma ecologia ampla, mundial, no tratamento do ser humano e essas questões sociais também estão evidentes nos membros do Ecoarte”, analisa.
As capas do Jornal Ecoarte são as mais variadas e o toque artístico e cultural sobressai. Pintores, artistas plásticos, gente do desenho, da gravura, do designer, sempre ilustrando com informação cada edição. O Ecoarte, hoje, conta com 35 membros de gente de toda a comunidade - agrônomos, biólogos, arqueólogos, proprietários rurais, artistas, arquitetos, arte-educadores, professores, médicos, enfim, pessoas que pensam na conexão do homem com o universo, interligados ao meio ambiente.
A presidente do Ecoarte, Eliane Simões Pires, fala que a ideia da exposição é aproximar ainda mais o grupo. “A importância de estar dentro do Museu é de estar aberto à comunidade, como sempre desde seu nascedouro, recolhendo e devolvendo suas vozes, imagens, sons, preparando consciências aqui na planície desse novo Antropoceno”, pontua.
COMO CONHECER O JORNAL ECOARTE
A Exposição de Jornais Ecoarte está aberta à visitação gratuita no Museu Dom Diogo de Souza da FAT/Urcamp, de segunda a sexta-feira:
Manhã - das 8h30min às 11h30min
Tarde - das 13h30min às 17h15min
