Feira de agricultura familiar da Emater movimenta o Campus Central da Urcamp

O saguão do Campus Central da Urcamp recebe, nesta quarta-feira, 17, uma feira de agricultura familiar, promovida pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater RS)/Ascar. A atividade integra a programação da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (21ª SNCT), que está sendo realizada na instituição.

Com horário das 9h às 19h, o evento reúne 20 produtores da agricultura familiar de Bagé e região, além de expositores indígenas e quilombolas, que estão comercializando uma variedade de produtos artesanais, gastronômicos e naturais, incluindo itens derivados da lã e do bioma Pampa. A feira também oferece aos visitantes uma oportunidade de conhecer mais sobre as tradições e a cultura dos povos originários e comunidades locais.

Segundo Ana Rosa Sonaglio, extensionista social da Emater RS/Ascar, a feira é uma iniciativa importante para promover a sustentabilidade e valorizar o conhecimento transmitido de geração em geração. "Nós, da Emater, trabalhamos especialmente com a sustentabilidade, a cultura e os saberes. Estamos aqui para preservar essas tradições, desde o artesanato até a gastronomia. Cada agricultor, indígena ou quilombola está passando sua cultura através de seus produtos e saberes", afirmou.

Um dos destaques do evento é o artesanato em lã, que será apresentado em um desfile às 18h, no próprio saguão do Campus Central. A atividade contará com a participação de produtores e estudantes da Urcamp, além das soberanas do turismo de Bagé, que desfilarão com peças de vestuário e decoração feitas de lã. Ana Rosa destacou que o desfile tem o objetivo de mostrar a versatilidade da lã, indo além dos tradicionais ponchos e cobertores gaúchos. "Queremos mostrar que a lã tem uma infinidade de usos, desde roupas até itens de decoração, e que é um material sustentável", comentou.

Entre os expositores, Lino Benites, cacique da aldeia indígena Pindo Mirim, de Bagé, ressaltou a importância de eventos como este para dar visibilidade à cultura de seu povo. "Para nós, é uma oportunidade de mostrar nosso trabalho, nossa música e nosso artesanato. É uma forma de compartilhar um pouco mais de nossa cultura com todos", afirmou o líder da aldeia.

Outro nome presente na feira é Maria Helena Magalhães Rangel, produtora rural de Bagé, que trabalha com plantas medicinais do Pampa, como carqueja, pinheira-santa, marcela, cavalinha e pata-de-vaca, além de mel. "Estou muito feliz por estar aqui e poder mostrar o que o campo nos dá. O bioma Pampa tem muito a oferecer, especialmente na área da medicina natural, que é uma tradição milenar", destacou.