Urcamp integra comissão organizadora da Conferência Municipal das Mulheres

Rosete e Mônica representam Urcamp na comissão organizadora - FOTO MIGUEL DE SOUZA

Após um hiato de dez anos, a Conferência Municipal das Mulheres retorna a Bagé e ganha reforço importante com a participação ativa da Urcamp na comissão organizadora. O evento será realizado no dia 25 de julho, na Unipampa, a partir das 13h30min, e reúne instituições de ensino superior e diferentes setores da sociedade para debater temas fundamentais sobre os direitos e a realidade das mulheres.

Com uma programação que inclui apresentações artísticas e palestras, a conferência abordará três eixos centrais definidos pela comissão: a autonomia das mulheres em todas as dimensões da vida; o respeito à diversidade e o enfrentamento a todas as formas de violência; e a transversalidade de gênero nas políticas públicas.

Desde o Fórum Permanente de Enfrentamento e Combate à Violência contra a Mulher, realizado em 9 de julho, a Urcamp atua de forma comprometida na construção desse momento. A instituição está representada na comissão pela presidente da Fundação Átila Taborda (FAT), professora doutora Mônica Palomino De Los Santos, e pela coordenadora de projetos da Pró-Reitoria de Inovação, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Rosete Gottinari Kohn. Na conferência, a professora doutora Clarisse Ismério participará como palestrante, abordando o eixo “A autonomia das mulheres em todas as dimensões da vida”.

Para a presidente da FAT, Mônica Palomino, a presença da Urcamp nesse processo reforça um compromisso histórico. “Nesse fórum foram instituídas as comissões organizadoras e a Urcamp esteve presente desde então na construção da Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres de Bagé. É uma grande satisfação para nós, como centro universitário, integrar esse processo e, ainda mais, termos a professora Clarisse representando a instituição na mesa de abertura da conferência”, destaca.

A gestora reforça o papel transformador da Urcamp na sociedade. “Somos uma academia, um centro de conhecimento tradicional presente desde 1953. Essa participação reforça nosso compromisso constante com os debates sobre liberdade, qualidade de vida das mulheres e transversalidade de gênero nas políticas públicas. Todas essas transformações, que são uma demanda social, também passam pelo nosso olhar e atuação”, complementa.

A secretária de Políticas Públicas para a Mulher e presidente da comissão organizadora, Patrícia Alves, ressalta a importância da articulação com instituições de ensino na construção coletiva por mudanças reais. “Acreditamos que o ensino é quem realmente transforma. Ter centros universitários conosco, trabalhando e fomentando essa temática, mostra o quanto há uma preocupação concreta com as políticas públicas para as mulheres. Isso só engrandece o nosso trabalho”, afirma.

Com o tema central "Mais democracia, mais igualdade e mais conquista para todas", a conferência contará com grupos de trabalho que discutirão propostas a serem encaminhadas às esferas municipal, estadual e federal. Também serão eleitos delegados para representar Bagé na Conferência Estadual.

Já a pesquisadora Clarisse Ismério reforça a importância do debate sobre autonomia feminina. “É extremamente importante, numa conferência, trabalhar com a autonomia feminina. Por mais que achemos que a mulher hoje tem um espaço de protagonismo na sociedade, ele não está plenamente realizado. Ainda falta muito para as mulheres conquistarem sua verdadeira autonomia”, afirma. A professora lembra que, no início do século XX, a mulher era considerada semi-capaz ou incapaz perante a lei e que, por isso, a luta por protagonismo deve ser constante: “É a autonomia financeira, social, da mulher como protagonista do seu destino. Então, considero essencial termos espaços para conversar sobre essas questões, que muitas vezes passam despercebidas”.

A participação da Urcamp reafirma seu papel como centro universitário comprometido com a formação cidadã, o diálogo social e a construção de políticas públicas voltadas à equidade de gênero. Ao lado de outras entidades, a instituição fortalece um movimento coletivo, contribuindo para que o debate sobre os direitos das mulheres seja permanente, plural e efetivo.

FOTOS: MIGUEL DE SOUZA

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