Professor do curso de jornalismo ministra oficinas de Cinema nos Colégios da Urcamp

Explicação da ideia de montagem cronológica, principalmente em relação à continuidade

EVENTO ESTIMULA PRODUÇÕES PARA A SEMANA NACIONAL DE CINEMA E TECNOLOGIA

Com o objetivo de incentivar a participação de produções audiovisuais de estudantes nos eventos da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia promovidos pela Urcamp, desde a última segunda-feira, dia 11, quatro oficinas de cinema foram ministradas nas cidades de Dom Pedrito, Livramento, São Gabriel e Alegrete. As atividades foram ministradas pelo professor do Curso de Jornalismo, Jeferson Vainer, e resultaram em experiências teórico-práticas de letramento audiovisual para todos os colégios da Urcamp na região.

Montagens cronológica e experimental

As oficinas enfatizam a abordagem de dois tipos principais de montagem: cronológica e experimental. De acordo com Vainer, a montagem cronológica se preocupa com o respeito às regras de tempo e espaço, além da continuidade ou raccord. “Esta técnica simula como seria a visualização de uma ação dentro da sincronicidade e continuidade da cena", analisa.

O professor explica que na montagem experimental há uma abordagem que oferece diversas formas de contar uma história. “Esta técnica utiliza associações entre simbologias imagéticas, alterações na relação espaço-tempo e trucagens para criar significados diversos, sejam eles emocionais e/ou informativos", explica.

O oficineiro destaca que na montagem experimental os alunos exerciaem sua intuição juntamente com a técnica. “Isso possibilita que eles se comuniquem eficazmente com o público e se expressem de forma satisfatória”, conclui Vainer.


Quatro colégios, múltiplas abordagens

No Colégio Urcamp de Dom Pedrito Ruy Krause, explicou-se a ideia de montagem cronológica, principalmente em relação à continuidade, que é importante para se contar uma história. Também foram inseridos fragmentos (imagens) dos próprios alunos dentro de cenas de filmes para eles entenderem o efeito que a alteração de uma cena pode causar no espectador. 

No colégio Urcamp Ierecê Lins, de Livramento, aplicou-se a abordagem mista entre o cronológico e o experimental, com uma ênfase bastante intensa na forma de contar a história com cuidado na narrativa e também com liberdade estética e experimental. Utilizou-se sobreposições de imagens e múltiplos planos cinematográficos. Essa abordagem mais avançada deveu-se ao letramento e formação que os alunos do colégio Ierecê Lins têm devido à sua participação mais ativa com a produção audiovisual ligada ao festival Cinecamp, sediado naquela escola.

Em São Gabriel, o desafio foi engajar uma turma de 50 alunos em torno de uma gravação que simulava uma corrida com efeito experimental em seu final. Também houve a participação de uma produção dos estudantes, cujo vídeo feito localmente. O filme foi exibido na oficina e analisado após a exposição teórico-prática. O grupo teve a chance de absorver pela sua própria experiência as diversas formas de ler a produção audiovisual.

Já no colégio Urcamp Raymundo Carvalho, de Alegrete, houve uma intencionalidade de ensinar as técnicas da oficina de montagem para a produção de conteúdos que serviriam como exercícios dos alunos em aula, como por exemplo a dublagem de filmes ou vídeos para o espanhol. Também se utilizou os espaços do colégio para que eles pudessem executar a técnica do corte oculto, que pode servir não só para se contar uma história cronologicamente, mas também para experimentar. 

Objetivo e impacto das oficinas

Esta iniciativa permite à Urcamp responder ao projeto da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e garantir sua participação contínua. Os alunos capacitados nestas oficinas são vistos como futuros participantes do Cinecamp, através da mostra de curtas-metragens do evento escolar. As mostras de curtas-metragens do Cinecamp, resultantes da preparação oferecida nas oficinas, são apresentadas como parte da participação anual da Urcamp no evento nacional.

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