Mostra de Projetos Integradores e de Extensão da Medicina Veterinária envolve os acadêmicos em projetos comunitários

Coordenadora da Med Veterinária Paula dos Santos e Pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Inovação Guilherme Collares

Trabalhar o social, resolver problemas da comunidade, de empresas, trabalhadores autônomos, clubes de serviço, através da expertise dos cursos. É neste formato que os estudantes da graduação trabalham os Projetos Integradores, dentro da linha acadêmica da Urcamp. O resultado do que foi pesquisado no semestre, foi apresentado pelos estudantes da Medicina Veterinária nesta quinta-feira, 13, durante a Mostra de Projetos Integradores e de Extensão. Todos com cunho comunitário, como forma de prestação de serviços para a população. Um dos trabalhos apresentados foi sobre “Otite em cães: Diagnóstico de Animais Sintomatizados no Município de Bagé”, pesquisa desenvolvida pelos acadêmicos Valquíria Brendler e Bolivar Ferreira, do 8ª semestre. Eles foram procurados por uma autônoma que identificou o problema nos seus cães e desenvolveram o trabalho para trazer soluções. Além do diagnóstico e tratamento de forma gratuita, a pesquisa serviu como aprendizado. “A gente tentou pegar uma das doenças que acontecem com mais frequência em clínicas veterinárias, uma infecção que acontece no canal auditivo do cão. Nós conseguimos, em cada projeto, aprofundar uma área específica e isso nos traz ainda mais conhecimento”, revela o estudante.
A atividade ainda contou com um desfile de filhotes para adoção, organizada pelos acadêmicos. A estudante de Medicina Veterinária, Vitória Simões Pires, escolheu o dela e conta que foi amor à primeira vista. “Vou levar esse aqui, está decidido, é importante que a comunidade saiba e apoie esse trabalho de adoção que fizemos aqui no curso”, pontuou.

Mas a informação e o conhecimento também integram a programação da mostra, por isso, os estudantes buscam trazer profissionais para aprofundar temas de sala de aula. Um desses assuntos veio através da palestra sobre “Cistite Idiopática Felina”, ministrada pela médica veterinária Beatriz Azevedo. Ela explicou como identificar a patologia. Normalmente, os felinos têm predisposição para doenças do trato urinário inferior por terem a urina mais concentrada e também por uma ingestão espontânea de água mais baixa, entre outros motivos. Segundo a veterinária, são inúmeros os distúrbios que podem ocorrer, variando de leves a graves e podendo ser associados a alterações na estrutura e função da bexiga e da uretra dos gatos.

Os sinais se manifestam de acordo com a gravidade da doença e com interrupção do fluxo urinário parcial ou total. São eles: prostração, fraqueza, diarreia, anorexia, desidratação, depressão, isolamento, entre outras.

Para tratar é fundamental que se faça um exame minucioso para investigar histórico clínico, manejo alimentar, rotina e os hábitos do pet.

O segundo momento foi uma roda de conversa com o tema: Leishmaniose Visceral Canina, com os médicos Veterinários Moreira Lopes, Severo Rocha, Renata Silveira Holzshuh, Vitória Ramos de Freitas e Paula Costa dos Santos, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Urcamp, que destacou a importância dos Projetos Integradores na formação dos estudantes. “Essa mostra é fundamental para o aluno também identificar qual área ele vai trabalhar. Os Projetos Integradores, além de darem um retorno para a sociedade, colocam o aluno na prática desde o primeiro módulo e faz com que eles conheçam a realidade da comunidade onde moram, assim, a gente não forma só profissionais, formandos cidadãos”, conclui a professora.





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