Curso de Psicologia da Urcamp marca ativismo pelo Setembro Amarelo

Sílvia Vargas e Sérgio Kerske

O curso de Psicologia faz da Urcamp um dos principais colaboradores das organizações bageenses quando o tema é contribuir com a qualidade de vida. Prova disso é a participação constante nos debates sobre saúde mental, o que traz um foco bastante preciso para o mês de setembro, quando as comunidades se concentram em combater os índices de suicídio - o Setembro Amarelo. 

 

Na noite de ontem, a coordenadora do curso de Psicologia, Sílvia Vargas, e o professor mestre, Sérgio Kerske, ministraram palestras a convite da presidente da Comissão Especial de Direito Médico e da Saúde da subseção local da OAB, Mara Rochinhas. A atividade realizada foi aberta ao público, para compartilhar conhecimento e experiência de profissionais que atuam com a saúde mental em seus consultório e são professores da Urcamp.

 

Além de vários dados atualizados sobre o diagnóstico, prevenção, manejo do tratamento médico, medicamentoso e psicoterapêutico, se destacou que falar sobre suicídio é urgente e necessário, desmistificando o tabu sobre o assunto. Os palestrantes indicaram como urgente a promoção das condições de continuidade aos espaços de fala, acolhimento e atendimento, tratando especialmente com a prevenção em saúde mental e que isso precisa ser feito durante o ano inteiro.

 

“O Brasil é um país que apresenta dados alarmantes em adoecimento psíquico, sendo essa uma das causas que gera o maior número de afastamento laboral. No restante do mundo, percebe-se que os países estão apresentando  dados de redução nos índices de suicídio. Observamos, ainda, que o Rio Grande do Sul encabeça a lista, em números de casos, de suicídio e de tentativas”, revela Sílvia Vargas.

 

Contextos como os demonstrados pelos palestrantes sugerem que o cuidado com a saúde mental, com as emoções, deve começar no berço, desde o planejamento de uma família. Os palestrantes recomendam que, além das questões genéticas, têm-se a comprovação científica que já na gestação e na primeira infância o ambiente pode ser o responsável pelo adoecimento psíquico ao longo da vida.



“Pensar em reconhecer e exercitar este cuidado, pode parecer utópico. Talvez, mas este é o recurso possível ao alcance da população. Reverter situações já graves e trabalhar sem considerar a prevenção, comprova-se cada vez mais insuficiente” aponta a coordenadora. A mensagem final do encontro fica clara: aos sinais de alerta, procure ajuda, para si e ou para pessoas das suas relações, optando sempre por um profissional.

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