Curso de Enfermagem da Urcamp realiza cerimônia do jaleco azul

Enfermeiras entregam jaleco azul para as concluintes do curso FOTO MIGUEL DE SOUZA

 

Há momentos da vida em sociedade em que processos de transição são marcados por ritos de passagem. Assim também acontece no curso de Enfermagem da Urcamp que registra simbolicamente a chamada “passagem de bastão” de maneira muito especial. A cerimônia desenvolvida aqui ganha forma com a entrega do jaleco azul, um dos elementos significativos da profissão do enfermeiro. Nesta quinta-feira, 10, as alunas do 10ª semestre Fernanda Araújo, Gabriele Freire, Kalline Paiva e Marluce Vasconcellos participaram da celebração que marca esse momento: o início da transição entre a formação acadêmica e a atuação profissional.

 

Durante o evento, cada estudante escolheu alguém que marcou a sua caminhada: um profissional da saúde de uma unidade onde estagiaram e que ofereceu, além do campo de prática, o acolhimento, ensinamentos e segurança. “É uma forma de agradecer. A gente escolhe alguém que nos acolha nos estágios, como no Hospital Universitário, na Santa Casa, UBS ou Hemocentros. São locais que nos formaram na prática da profissão”, conta Kalline.

 

Essa escolha vai muito além do protocolo. É construída a partir do vínculo, da escuta e da convivência. Em alguns casos, como o de Marluce, o local de estágio se torna uma segunda casa. Funcionária do Centro de Hemodiálise, ela escolheu as enfermeiras que a acolheram como guardiãs dessa transição.

 

Já para Gabriele, o momento carrega uma outra camada de significado. No meio do curso, ela perdeu o irmão, dor que quase a fez desistir dos estudos, mas encontrou forças para seguir: “Estar aqui hoje é difícil, mas sei que ele estaria feliz por mim. Esse sonho é meu, mas também é dele”, relata.

 

A solenidade não encerra a formação, é o prenúncio da colação de grau. Mas, ao contrário do diploma, o jaleco representa algo que os livros não ensinam: o cuidado com o outro. É no olhar atento, na escuta ativa, no toque respeitoso e nas experiências diárias que a Enfermagem se torna real. Para Fernanda, é também o momento de valorizar a escolha por uma graduação presencial: “A gente entra no curso achando que já ama a Enfermagem. Mas é com o tempo, com os estágios, com os colegas e professores, que esse amor vira certeza. Essa troca só o curso proporciona”, destaca.

 

Ao fim do evento, os concluintes também realizaram a tradicional passagem da lâmpada, símbolo da Enfermagem para as futuras formandas do próximo semestre. Um gesto que representa a luz que guia o caminho de quem está na reta final e que, em breve, também viverá esse mesmo momento no encerramento do curso, no último semestre de 2025.

 

Crédito das fotos: MIGUEL DE SOUZA

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