Acadêmicas da Urcamp promovem palestra sobre fisioterapia pélvica e qualidade de vida da população transexual

O curso de Fisioterapia da Urcamp promoveu, na noite desta quinta-feira, 6, no Palacete Pedro Osório, a palestra “Fisioterapia pélvica: qualidade de vida da população transexual”, organizada pelas acadêmicas do quarto módulo do curso de Fisioterapia. A atividade discutiu a importância da inclusão e do atendimento especializado à população trans, reunindo profissionais da área da saúde, professores e representantes das secretarias municipais da Mulher e da Cultura.

O evento fez parte de um projeto de extensão sobre ressignificação de cirurgias em pessoas trans, iniciado pela professora Ionara Zavarese Hoffmeister, e foi complementado por uma mesa-redonda que ampliou o debate sobre o tema.

De acordo com a professora Carmen Barbosa, a ação teve como principal objetivo alertar para a necessidade de um atendimento adequado à população transexual, especialmente na área da fisioterapia pélvica, ainda carente de serviços específicos. “Na realidade, esse evento surgiu do projeto de extensão sobre a ressignificação de cirurgias para pessoas trans. Primeiro foi uma explanação sobre o tema e, depois, uma mesa-redonda. A proposta foi justamente alertar a comunidade sobre a necessidade de um atendimento de saúde adequado a essa população. Muitas vezes, essas pessoas não são atendidas da forma como deveriam, por falta de preparo dos profissionais”, explicou Carmen.

O grupo organizador, formado pelas acadêmicas Manoella Trindade, Maria Eduarda Dias, Hellena Souza e Luana de Bento, destacou o empenho coletivo para dar visibilidade à pauta dentro da instituição e na comunidade. “O evento foi um verdadeiro sucesso! Tivemos a participação de profissionais incríveis que compartilharam conhecimentos, vivências e informações sobre uma temática tão pertinente”, afirmou Manoella.

Segundo as estudantes, o projeto pretende contribuir para a criação de um ambulatório voltado à população trans em Bagé, reconhecendo a cidade como polo regional para esse tipo de atendimento. “Acreditamos que trazer esse debate é essencial e deve ser acolhido por todos, especialmente por nós, futuros profissionais da saúde. Sabemos que existe essa demanda e que Bagé tem um papel fundamental nesse processo”, completou Manoella.

A professora Carmen também destacou a participação da egressa Gilmara, fisioterapeuta pélvica, que colaborou com sua experiência profissional durante a discussão. Encerrando o evento, as acadêmicas reforçaram que o objetivo foi transformar o momento em um espaço acolhedor e de reflexão, reafirmando o compromisso da fisioterapia da Urcamp com a equidade e os princípios do Sistema Único de Saúde. “Enquanto futuros profissionais da saúde, é nosso dever nos envolver com essa pauta, garantindo que os princípios do SUS — equidade, integralidade e universalidade — sejam efetivamente colocados em prática”, concluiu Manoella.