Caminho das Águas percorre circuito do Arroio Bagé
ATIVIDADE INTEGRA PROGRAMAÇÃO DO 2º CICLO DA TERRA URCAMP
A tarde de quinta-feira,3, marcou a participação do projeto Caminho das Águas: conversas entre patrimônios e gentes na programação do 2º Ciclo da Terra Urcamp, um evento criado para destacar as preocupações ambientais ligadas ao Bioma Pampa. O percurso contou com a participação de um grupo de 20 alunos e professores da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Luiz Mércio Teixeira e apoios do Coletivo Movimento e Grupo de Teatro Oscarlitos.
A proposta conduzida pela gestora do Museu Dom Diogo de Sousa, Carmen Barros, é estruturada na ideia de uma caminhada que faça a conexão entre as pessoas, o patrimônio e a natureza a partir dos cenários criados pelos arroios da cidade. Só neste ano, foram cinco atividades semelhantes conduzidas pelos 13 pontos situados entre a Catedral de São Sebastião, Panela do Candal, Museu Dom Diogo de Souza e entornos do popularmente conhecido Paredão. Em cada ponto Carmen compartilhou conhecimentos que ligam os locais ao seu passado e ao contexto na história da cidade.
A professora de Língua Portuguesa, Mariana Dias Girardi, disse que foi ao passeio porque acha interessante conhecer o lugar e a história de onde se mora. “Acredito que um povo que não valoriza o seu passado não tem futuro”, afirma. Mariana destaca que sua escola tem uma relação direta com o Arroio Bagé, porque está muito próxima da passagem do leito. “O que é mais importante nesse passeio das águas é que os jovens vejam as consequências das nossas ações nos rios aqui da cidade. Tanta história de lugares onde tomavam banho, onde as pessoas visitavam para lazer, o que hoje em dia não é possível ser feito”, analisa.
O estudante do primeiro ano do Ensino Médio, Gabriel Chaves Brossard, aprovou o percurso. Ao descrever os diferentes pontos por onde passou e as histórias que ouviu, o jovem destacou a passagem no Paredão. “Eu nunca tinha passado por aqui e não conhecia a história deste lugar. É bom para conhecer melhor a história da cidade”, concluiu.
A ORIGEM E O FUTURO
De acordo com a gestora de museus, o projeto do Caminho das águas começou ainda quando a empresária Zuleika Torrealba, tinha projetos da empresa Da Maya na cidade. “Nós demos a ideia de financiar um caminho para a gente percorrer as áreas ligadas ao arroio”, explica. O início do trabalho aconteceu com a primeira limpeza de arroios patrocinada pela empresária, no que viria a ser a primeira iniciativa de caminhadas educativas e conscientizadoras inauguradas em 2015, então com os apoios da Urcamp, Daeb, Prefeitura, Unipampa e do Conselho de Patrimônio.
A organizadora planeja incrementar a atual proposta. “Pretendemos potencializar com algumas ações de arte, por exemplo, trazer uma performance de fora, ou dos grupos aqui da cidade também. O Imba, que nos esperaria na Panela do Candal, com saxofone, ou na Ponte Alta, que teria a recitação de um poema ou de uma outra forma de arte. Ou, ainda, promover trabalho de fotografia nesses caminhos, tanto nesses que a gente quer potencializar nas escolas, quanto nesse que já existe”, descreve. Carmen Barros antecipa que já há um projeto de passeio piloto que deve iniciar pela Escola Luiz Mércio, mas deve chegar a cada escola que tenha um acesso ou proximidade aos leitos de arroios ou rios da cidade.
AGENDAMENTO
Interessados em fazer o percurso Caminho das Águas; conversas com patrimônios e gentes podem fazer suas reservas diretamente no Museu Dom Diogo.